segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
domingo, 18 de janeiro de 2009
Janeiro, 18
«Estou à espera de me ir embora» é frase comum em qualquer alentejano, pelo menos daqueles já com alguns anos de percurso, e que traduz um pouco da nossa maneira de abordar o quotidiano e a própria vida. Na verdade, há um caminho a fazer que não se compadece com o ficar à espera ou sequer esperar que termine. Natural é que a seguir a um apareça outro e outro, sem que seja possível caminhar para sítio nenhum. Até porque, na essência que nos forma, quem faz os sítios, e os caminhos mesmo que estejamos à espera de partir, somos nós.
domingo, 11 de janeiro de 2009
janeiro, 11
Traço o percurso de outras memórias. Percorro caminhos com tempo. Muito tempo. Do tempo em que o tempo ainda corre devagar, com tempo. Recordo quem por memórias tem o som dos aviões, das bombas, dos tanques, das espingardas, dos corpos a caírem, dos seus e dos seus. É longo o tempo dos mártires, daqueles que estão sempre no lado de fora do conflito.
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